sábado, 21 de janeiro de 2012

The Sound of Silence





Olá escuridão, minha velha amiga
Vim conversar com você de novo
Porque uma visão um pouco arrepiante
deixou sementes enquanto eu dormia,
E a visão que foi plantada em meu cérebro ainda permanece
Dentro do som do silencio.

Em sonhos agitados eu caminho só,
Em ruas estreitas de paralelepípedos
Sob a luz dos postes,
Levantei minha lapela para me proteger do frio e umidade
Quando meus olhos foram apunhalados pelo brilho de uma luz de neon
Que rachou a noite 
E tocou o som do silêncio.

E na luz nua eu vi
Dez mil pessoas, talvez mais,
Pessoas conversando sem falar,
Pessoas ouvindo sem escutar
Pessoas escrevendo canções, que vozes jamais compartilharam
E ninguem ousava
Perturbar o som do silencio.

"Tolos, eu disse, vocês nao sabem"
O silencio é como um câncer que cresce
Ouçam as palavras que eu possa lhes ensinar
Tomem os braços que eu possa lhes estender
Mas minhas palavras caíam como gotas silenciosas de chuva
E ecoavam
No poço do silêncio.

E as pessoas curvavam-se e rezavam
Ao deus de néon que elas criaram
E o sinal faiscou o seu aviso
Nas palavras que estava formando e ele dizia
"As palavras dos profetas estão escritas nas paredes do metrô
E nos corredores das casas"
E sussurravam no som do silencio.

Paul Simon e Art Garfunkel